16/08/2011
Quatro catarinenses estão entre as 40 empresas mais internacionalizadas do Brasil, de acordo com o estudo “Transnacionais Brasileiras 2011”, desenvolvido pela Fundação Dom Cabral. Tigre, Weg, Brasil Foods e Marisol foram destaque em seus segmentos de atuação.
Quatro catarinenses estão entre as 40 empresas mais internacionalizadas do Brasil, de acordo com o estudo “Transnacionais Brasileiras 2011”, desenvolvido pela Fundação Dom Cabral. Tigre, Weg, Brasil Foods e Marisol foram destaque em seus segmentos de atuação. A pesquisa, que considera dados de 2009, avaliou o grau de internacionalização das empresas de acordo com indicadores de vendas, receitas, ativos e número de funcionários no exterior. Para cada um deles é calculado um índice que reflete a proporção da participação no mercado internacional sobre o total. A líder do ranking é a JBS-Friboi, com Índice de Transnacionalidade (IT) de 0,616.
A fabricante de tubos e conexões Tigre, com matriz em Joinville, obteve a nona posição geral, com IT de 0,286, o melhor resultado entre as catarinenses. Hoje a empresa tem unidades em dez países, mas mantém negócios com mais de 40. Os negócios internacionais representam 21% do faturamento da companhia, que em 2010 foi de R$ 2,6 bilhões. De acordo com o vice-presidente de Negócios Internacionais Luís Roberto Ferreira, a estratégia de crescimento no exterior é uma importante alavanca para a meta de dobrar o tamanho da empresa até 2014. Só neste ano a Tigre planeja investir R$ 250 milhões em inovação, aumento da capacidade produtiva e marketing
A Weg aparece na 16ª colocação (0,162). A fabricante de máquinas e materiais elétricos tem unidades em 20 países de quatro continentes. Em 2010, registrou receita bruta de R$ 4,3 bilhões. Já a Brasil Foods, com IT de 0,008, é a 37ª colocada na pesquisa, enquanto a Marisol, com 0,007, aparece logo em seguida, na 38ª posição.
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS CRESCE, MAS RECEITA CAI
Apesar do crescimento da quantidade de funcionários (de 416,4 mil para 437,6 mil, um incremento de pouco mais de 5%) e ativos domésticos (de R$ 558,5 bilhões para R$ 597,9 bilhões, acréscimo de 7%), as vendas das principais transnacionais brasileiras caíram 14,1% internamente, passando de R$ 421,0 bilhões para R$ 361,8 bilhões.
SOBRE A PESQUISA
O relatório desenvolvido pela Fundação Dom Cabral apresenta uma análise do cenário internacional atual e discute as formas que as empresas brasileiras têm adotado para manter sua competitividade frente à globalização. O estudo considera grandes grupos empresariais ao invés de empresas individuais.